O que é Talento?
“Se não puder se destacar pelo talento, vença pela força.” (Dave Weinbaum)" |
Então eis que eu, toda animadinha e serelepe, envio um e-mail simpático me candidatando, e sabe o que acontece? Vácuo Total! Simplesmente não acontece nada, salvo algumas raras exceções, que dizem "Encontramos alguém mais adequado ao perfil. Mas seu CV estará em nossa base de dados para futuras oportunidades". Os únicos e-mails que chegam, de duas uma, ou são problemas ou são propagandas.
Então vou eu, como uma boa curiosa e intrigada, pesquisar sobre as novas técnicas, os métodos super-hiper-mega engenhosos para se encontrar um talento (isso agora está na moda, não se procura mais funcionários, é arcaico, a moda é #talento).
But, o que é Talento?
(E para aqueles que chegaram até aqui, e estão achando que isso é uma maneira de me auto-promover, estão enganados. Eu estou empregada. São apenas divagações, devaneios, analises sobre um novo ambiente de trabalho, sobre os profissionais e sobre os métodos de ser achar “talentos”. Até porque estes não evoluíram no mesmo compasso).
"As empresas têm desenvolvido talentos em uma velocidade mais lenta do que deveriam." (Thomas J. Neff)
Enfim, a comunicação, o desenvolvimento, essa nova era da computação possibilitou criação de inúmeras soluções e ferramentas para resolver "qualquer" problema.
E cada empresa possui suas idiossincrasias, particularidades próprias, que englobam segmentos de atuação, processos, metodologias, indicadores, ferramentas, problemas, metas... Enfim, há tantas possibilidades e características que não permite uma empresa ser igual à outra.
Isso naturalmente se reflete sobre o tipo de profissional que se procura. Houve uma época em que os profissionais precisavam ser qualificados, agora é preciso ser adequado, ou seja, ter o perfil exato para um cargo. É preciso ter a "cara" da empresa mesmo sem ter atuado nela.
E nesse caleidoscópio e emaranhado de ferramentas, métodos e "soluções", perdem-se boas empresas (com vagas abertas há meses) e bons profissionais (desempregados há meses). E ambos os lados se perguntando: “–E agora? – Estudar o que? – Procurar onde? ”
"- "Talento vei?" - "Uhmm, sohh, tá lento mesmo!"" |
Mas algumas (e espertas) corporações perceberam isso, investem em projetos internos de geração de competência e em projetos ainda mais elaborados de retenção de funcionários (pra que capacitar, se ele vai embora?). E estão sendo escolhidas por ai, entre as 150 melhores empresas para se trabalhar.
Se muitos dos responsáveis pelo processo de recrutamento, não se contivessem com as velhas perguntas de praxe e ousassem mais, tentando desvendar o real motivo de alguém estar ali, pleiteando aquele cargo, certamente teríamos mais empregados e menos vagas em aberto.
Mas voltando aos meus botões, com "quase" nenhum feedback, fico pensando cá: "Qual será o problema? Shit, só pode ser a distância!" O que é ainda mais triste, porque em pleno século 21, esse "preconceito" não deveria existir mais.
Mas é assim mesmo, dá próxima vez eu mando também meu mapa astral, quem sabe não dá? Né?
: P
"Talento. Que palavra vaga! As suas definições dariam lugar a uma grande obra." (Jaime Balmes)
Imagens:
http://www.hoteljuice.com/wp-content/uploads/2008/10/talento.jpg
http://www.nadaver.com/wp-content/uploads/2008/10/problogger_lento.gif
Comentários
Um Grande abraço e boa sorte pra ti!
RSO
http://rsobsb.wordpress.com
http://twitter.com/rsobsb
Deve ser capaz de interagir com esses dois grupos, quem está dentro e quem está fora... e realizar o intercâmbio entres eles.
Obrigada por comentar RSO.
Abrç!
E seja sempre bem vindo ao meu espaço..
Sucesso!
Resta tentar atingir mercados concorridos usando outras ferramentas que nao passa diretamente pela competencia, que atende por networking e propaganda pessoal. Lamentavelmente talvez por falta de tecnicas de recrutamento eficientes ou por pura arbritrariedade (merece um estudo), o QI (quem indica) ainda é o principal quesito nas contrataçoes.
acho que talvez seja mais complexo. Todo recrutador acha que está usando a melhor forma e certamente quer encontrar os melhores profissionais.
O que eu percebo é que as abordagens, os questionamentos, estão ultrapassados. Existe uma nova geração que está no mercado, gente boa, ágil. A chamada geração Y.
Mas é um erro supor que se possa encontrar pessoas competentes nesse novo ambiente, usando modelos antigos.
Há outro ponto porém que merece atenção, é a postura do recrutador enquanto alterego, uma visão do tipo: "Você precisa mais de mim, do que eu preciso de você. Então me surpreenda!". O que nos leva a uma análise ainda mais complexa e paradoxal, por que se fala em um apagão de profissionais em um país que tem 20 milhões de desempregados. Algo está errado. E em que ponta será?
Apareça quando quiser por aqui, sempre bem vindo!
Sucesso!