O que é Inteligência de Negócios?

Essa interrogação foi posta em um grupo no LinkedIn, então fiquei eu, cá, refletindo com meus botões...

O que é Business Intelligence?
O que é Inteligência de Negócios?

Um colega, desse mesmo grupo, havia questionado dias antes desse post, que agora escrevo:
Qual é a diferença de DW para BI? [...]
Eu respondi:
No meu entender BI é uma filosofia enquanto DW é um objeto, algo concreto.
O conceito de BI é amplo e abstrato, e infelizmente, algumas pessoas lêem o termo e logo vêem um cubo na frente delas.

Existe BI sem OLAP, sem DW ou DM. Mas não existe BI sem informação. Inteligência de negócios é a habilidade, o feeling intrínseco no processo de maturar outros processos, de novas ações, negócios, oportunidades.

Partindo, é claro, de analises fornecidas por objetos como; Dashboards, Cubos, Relatórios, Mapas.
BI requer atitude, senão a informação por mais rica que seja, é morta e de nada serve.
A primeira interrogação desse texto foi postada em seguida no grupo...
Entendido a ordem cronológica das indagações, vamos ao meu raciocínio...

O que é Business Intelligence?
Eu questiono, antes, para mim e até para você que me lê agora: O que é inteligência?
.... (difícil né?)
Partindo do principio que se deve julgar alguém, mais pelas suas perguntas que pelas respostas, certamente não encontrará essas duas, na mesma proporção, aqui.
Continuando com os devaneios eu decido pesquisar sobre o perfil que se espera de "Analistas de BI":

Anuncio 1
"Ampla experiência em ETL.
Imprescindível conhecimento em Power Center.
Superior completo."

Anuncio 2

"Profissional de nível sênior com experiência em desenvolvimento de pequenas alterações em sistemas
BPEL, ODI e procedimentos de banco de dados
Conhecimento de ITIL.
Superior completo.
Desejável ODI, BPEL, Oracle BIEE e Hypirion."

Anuncio 3
"Perfil desejado:
Formação superior completa na área de Tecnologia da Informação, Engenharia ou administração;
Amplo conhecimento de hardware e software, gestão de dados, programação e BI;
Experiência em atualizar base de dados para trabalhar com COGNOS;
Habilidades em DataStage, DataWarehouse, ETL;
Experiência sólida em ferramentas de BI;
Experiência em empresas de grande porte;
Inglês fluente ;
Espanhol avançado."

Esses foram os três exatos primeiros anúncios que encontrei no Google.
Para mim, não passa de competência técnica em algumas ferramentas. Para adquirir conhecimento técnico é preciso de boa memória.
E memória é diferente de inteligência. Assim como inteligência é diferente de sabedoria.

Alguém inteligente deve no mínimo, conseguir usar duas negações em uma mesma sentença e não errar a lógica proposicional.
Deve ter um emocional inteligente, racional.
Deve possuir uma boa memória, um raciocínio lógico, um bom poder de argumentação.
Deve ser criativo, curioso.

Desconfie de pessoas que se dizem inteligentes, mas são:
Passionais.
Preguiçosas.
Sempre passivas.
Tímidas em excesso.
Medrosas.
Arrogantes.
Qualquer uma que tenha dificuldade de trabalhar em grupo.
E qualquer uma que não saiba ouvir.
SOBRE O OUVIR: O ato de ouvir exige humildade de quem ouve. E a humildade está nisso: saber, não com a cabeça mas com o coração, que é possível que o outro veja mundos que nós não vemos. Mas isso, admitir que o outro vê coisas que nós não vemos, implica em reconhecer que nós somos meio cegos... Vemos pouco, vemos torto, vemos errado. (Por Rubem Alves)
    A vida em grupo é como a internet.
    Somos pessoas conectadas a pessoas, como os computadores se conectam aos seus semelhantes. A grande rede de computadores teria evoluído se apenas um comandasse?
    Ser humilde para entender a necessidade de abertura às novas idéias, necessidade de quebrar paradigmas, do velho conceito de dar e receber, exige inteligência sobrenatural.

    É preciso entender o que é inteligência para termos condições de perceber como essa é capaz de mudar os negócios.
    É preciso entender que o perfil de pessoas para atuar nesse segmento não é apenas técnico. Ouso afirmar ainda que técnica corresponda a no máximo 50% do perfil necessário.
    Simplesmente porque porque BI ou Inteligência de Negócios não é ferramenta.

    No próximo vamos abordar o tema: "Porque projetos de BI falham".
    Aguardem!

    Comentários

    Marcio disse…
    Adoro quando mistura poesia com BI. Acho que o "rótulo" Analista de BI cabe mais mesmo ao perfil que vc descreve. O restante é Analista de Sistemas X, Programador Y, e por ai vai.

    ;]
    Marcelo Marques disse…
    Parabéns!!! Você tem razão! Temos de ouvir mais, inclusive a nós mesmos para refletir com inteligência!
    Alvi Miranda disse…
    Marcio e Marcelo,

    obrigada pelo feedback.
    Isso é muito estimulante.

    Seria fácil ficar recolhendo alguns artigos por ai e publica-los aqui.

    Mas, mesmo ainda tendo tão modesto conhecimento, no que se refere a BI, ainda prefiro ousar e colocar no papel minhas próprias idéias.

    =)
    Geovanni disse…
    Alvi, fiquei impressionado com a forma que você abordou este tema. É clara a sua preocupação em definir o que é Inteligence, antes mesmo de definir BI, não focando muito no "como fazer", o que torna o seu texto bastante original, pois o como implementar um BI é quase que uma commodity atualmente. Trabalho e sou um entusiasta da área de TI, mas sou também um estudioso do comportamente humando e posso te dizer que colocações como a sua são muito bem vindas em uma área onde muitas pessoas ainda estão, infelizmente, muito mais focadas no "como fazer", algo puramente técnico, quando deveriam se preocupar, primeiramente, com "o que fazer" e "Porque fazer..." algo mais filosófico e, por isto mesmo, tão essencial em uma área com esta, onde muitos profissionias ainda pensam que a tecnologia é um fim em si mesma e não um meio para melhorar a vida das pessoas, quer seja no âmbito profissional ou peossoal.

    Geovanni Barros
    Parabéns pelo artigo.

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